domingo, 8 de novembro de 2009

é quando você chega no fundo do poço que se pode ouvir o barulho do trem. e os olhos que você manteve fechados durante todo esse tempo, ao se abrirem se deparam com uma infinidade de luzes e cores lindas. e é no final do túnel que se encontram as coisas boas. sempre nessa ordem. na minha vida passa um furacão, e tudo o que eu deixei tão organizadinho de repente tá espalhado por toda parte. o vidro onde eu o conservava caiu e se quebrou. e tudo derramou. a pressa me fez desandar os trilhos e meus dedos se cortaram. sangrando por uns sete meses eu te encontrei. é sempre quando parece que tudo não vai ter um fim. toda a bagunça dentro de mim. você aparece pra arrumar tudo. e eu lhe retribuo com sentimentos frios. meu coração se tornou amargo e tem até uma armadura. me desculpe, isso é tão estranho. eu sei que você me acha estranha, mas se você entendesse o que eu vivi talvez não pensasse assim. isso tudo é proteção. ele não quer cair no chão mais uma vez e se quebrar.

Um comentário:

Carolina Pires. disse...

às vezes é bom correr o risco de deixar cair no chão e deixar que se quebre em mil pedacinhos. Vai que dá certo e ele não se quebra?

vale à pena correr o risco de vez em quando. De vez em sempre, eu diria.