quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

bem, eu sei que deveria estar me sentindo feliz como todos os outros hoje.
mas eu sai do padrão, mais uma vez. me perdoe! eu não tenho culpa.
é toda essa confusão dentro de mim.. e essa dúvida imensurável!
eu queria poder fugir da minha cabeça agora, e ir pro seu abraço quentinho. me sinto tão bem dentro dele.
é como não poder medir mais a quantidade de sentimentos misturados e confusos.
é como querer sair de um labirinto..
mas eu não encontro o caminho certo.

bem, de novo, eu só queria te abraçar agora.
mas eu não posso.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

eu ainda estava arrumando toda a bagunça, recolhendo os cacos, tentando colar o que havia quebrado com aquela tempestade. era um trabalho duro e demorado. eu mal sabia se ia chegar até o fim de tudo aquilo e poder enxergar o chão mais uma vez. então, foi bem nessa hora que você apareceu. devagarinho, sentindo um pouco de medo daquela bagunça, talvez, me oferecendo ajuda. eu recusei é claro, pois eu não queria que você se assustasse assim comigo e com essa confusão que havia dentro de mim. eu não queria que você fugisse, precisava de um pouco mais de tempo pra eu poder me organizar e pôr tudo no lugar. mas você continuou insistindo até eu ceder. eu tinha medo de haver outra tempestade no meu caminho, que agora era meu e seu. não queria que você se machucasse outra vez, nem que eu me machucasse. éramos dois corações frágeis pulsando forte um pelo outro. delicados e intocáveis. e o meu medo de as coisas não serem como eu desejasse fez com que eu quisesse fugir de nós. mas eu não poderia fazer isso contigo, meu amor, logo você que apagou toda aquela dor que ainda corria entre as minhas veias. que em momento algum desistiu de me ajudar com essa desordem. eu não poderia, meu bem, não poderia te deixar sozinho no meio do caminho e fugir com a minha insensatez. eu fiquei, e as cores que você escolheu pra mim eram tão lindas, talvez as mais belas que já vi. e eu esperei que dessa vez, cada uma dessas palavras e sentimentos delicados, fossem protegidos com todo o cuidado. e ainda espero.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

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Canção de Amor da Jovem Louca

Sylvia Plath

Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro
Ergo as pálpebras e tudo volta a renascer
(Acho que te criei no interior da minha mente)

Saem valsando as estrelas, vermelhas e azuis,
Entra a galope a arbitrária escuridão:
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro.

Enfeitiçaste-me, em sonhos, para a cama,
Cantaste-me para a loucura; beijaste-me para a insanidade.
(Acho que te criei no interior de minha mente)

Tomba Deus das alturas; abranda-se o fogo do inferno:
Retiram-se os serafins e os homens de Satã:
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro.

Imaginei que voltarias como prometeste
Envelheço, porém, e esqueço-me do teu nome.
(Acho que te criei no interior de minha mente)

Deveria, em teu lugar, ter amado um falcão
Pelo menos, com a primavera, retornam com estrondo
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro:
(Acho que te criei no interior de minha mente.)