domingo, 18 de maio de 2008

desbotado.

não me importo mais com podridão ou com o mau cheiro. toda doçura do meu coração se desbotou e o vento frio roubou o seu lugar num pulo tão rápido que nem vi. e to achando bem melhor assim; engolir a solidão a seco, fumar todo o amor, deixar queimar. as coisas começaram a se desbotar, até o céu ficou cinza. daqui do meu buraco eu só sinto o meu próprio fedor, a minha podridão. eu só preciso do meu próprio nojo por esse mundo podre. me escondendo de tudo dentro da solidão. mesmo que tudo isso doa, eu não vou sangrar mais. não quero mais a tristeza machando os meus dias nas árvores que recortam o céu, e vejo daqui, você com metade de um coração desbotado. por favor, se não for mais fazer uso dele, devolva-me. antes cair de joelhos do que pular da janela~

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