terça-feira, 9 de dezembro de 2008

eu ainda estava arrumando toda a bagunça, recolhendo os cacos, tentando colar o que havia quebrado com aquela tempestade. era um trabalho duro e demorado. eu mal sabia se ia chegar até o fim de tudo aquilo e poder enxergar o chão mais uma vez. então, foi bem nessa hora que você apareceu. devagarinho, sentindo um pouco de medo daquela bagunça, talvez, me oferecendo ajuda. eu recusei é claro, pois eu não queria que você se assustasse assim comigo e com essa confusão que havia dentro de mim. eu não queria que você fugisse, precisava de um pouco mais de tempo pra eu poder me organizar e pôr tudo no lugar. mas você continuou insistindo até eu ceder. eu tinha medo de haver outra tempestade no meu caminho, que agora era meu e seu. não queria que você se machucasse outra vez, nem que eu me machucasse. éramos dois corações frágeis pulsando forte um pelo outro. delicados e intocáveis. e o meu medo de as coisas não serem como eu desejasse fez com que eu quisesse fugir de nós. mas eu não poderia fazer isso contigo, meu amor, logo você que apagou toda aquela dor que ainda corria entre as minhas veias. que em momento algum desistiu de me ajudar com essa desordem. eu não poderia, meu bem, não poderia te deixar sozinho no meio do caminho e fugir com a minha insensatez. eu fiquei, e as cores que você escolheu pra mim eram tão lindas, talvez as mais belas que já vi. e eu esperei que dessa vez, cada uma dessas palavras e sentimentos delicados, fossem protegidos com todo o cuidado. e ainda espero.

2 comentários:

carolina disse...

as coisas voltam sempre voltam ao lugar, devagarzinho e dolorosamente.
companhia é sempre um bom modo de amenizar.

B disse...

depois da tempestade o dia de sol se torna bem mais bonito .
achei lindo seu texto, incrivel como as mesmas coisas acontecem em lugares diferentes . sem nem te conhecer diria q esse texto foi feito pra minha pessoa!uahsau
gostei do blog!abraço